<p>Um rapaz de 15 anos foi salvo, ontem, quarta-feira à tarde, de morrer afogado no mar de Esmoriz, em Ovar, perante o olhar de milhares de banhistas. O jovem, que esteve na água cerca de 20 minutos, chegou ao hospital vivo, mas com prognóstico reservado.</p>
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Pouco passaria das 15.30 horas de ontem quando Rafael Ferreira Pinho, de 15 anos, residente em Arada (Ovar), mergulhou no mar de Esmoriz juntamente com alguns amigos, frente à chamada praia do Capitão Gancho. A tarde estava esplendorosa, milhares de pessoas e outros tantos guarda--sóis de todas as cores cobriam o areal e o mar, esse, estava calmo, como aliás indicava a bandeira verde hasteada. Porém, não teriam passado alguns minutos desde que haviam entrado na água quando os amigos de Rafael deram pela sua falta.
Alarmados, os jovens depressa saíram da água e deram o alerta. Eram 15.44 horas. Os Bombeiros Voluntários de Esmoriz atacaram em força com sete viaturas e 22 homens. Accionada foi também a VMER da Feira e a Polícia Marítima. É que o alerta falava de pelo menos três pessoas desaparecidas, o que, mais tarde, não se confirmou.
"Em dois ou três minutos, entrou logo uma mota de água no mar, dos nadadores-salvadores dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz que estão em permanência na praia, e pouco tempo depois seguiu-se-lhe outra mota e o barco semi-rígido. Não há dúvida que foi rápido", contou, ao JN, Arménio Moreira, frequentador daquela praia. "Tenho quase a certeza de que em nenhuma outra praia do país poder-se-ia assistir a uma assistência tão pronta a um náufrago como assistimos aqui", continuou
A prontidão da colocação em campo dos meios de socorro não impediram, porém, que Rafael ficasse cerca de 20 minutos dentro de água, inanimado. Segundo o adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz, Álvaro Rocha, o jovem foi resgatado cerca das 16.10 horas, por um mergulhador que o trouxe à tona depois de o encontrar no fundo do mar. Estava inconsciente.
Transportado para o areal por uma das motas de água, deu-se início à reanimação. O jovem nunca chegou a recuperar a consciência, mas, segundo Álvaro Rocha, ganhou pulso e quando ia já a caminho do Hospital de S. Sebastião, na Feira, começou a recuperar a cor.
À hora de fecho desta edição e segundo o que o JN conseguiu apurar, o jovem encontrava-se ainda internado na Unidade de Cuidados Intensivos, com prognóstico reservado, porém estável. No local, os bombeiros prestaram ainda ajuda aos amigos de Rafael, que ficaram em estado de choque.