Uma raposa bebé ferida foi resgatada por um casal na A28 em Caminha, com a ajuda da GNR e entregue aos cuidados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
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O caso foi tornado público esta segunda-feira pelo Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo, mas já tinha sido também relatado pela autora do resgate no passado sábado à tarde, que se mostrou sensibilizada com a situação do animal.
“O animal foi entregue aos militares da GNR durante a ação de policiamento de uma prova desportiva, por um casal de cidadãos que o encontrou nas imediações do percurso”, relata a GNR num comunicado divulgado esta segunda-feira à tarde, indicando que “após avaliação preliminar, verificou-se que a raposa apresentava sinais de desorientação e uma lesão numa das patas, tendo sido acolhida em segurança, mantida em local adequado, alimentada e monitorizada até ser recolhida por técnicos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), entidade competente para garantir os cuidados veterinários necessários e a sua posterior reintrodução no habitat natural”.
Já no sábado, a mulher que encontrou o animal publicou relato e fotografias na sua página de Facebook, do episódio que viveu “cerca das 15 horas de sábado”.
“Apanhámos esta raposinha bebé em plena A28 imobilizada (provavelmente tinha sido atropelada) a esturricar ao sol. Com lágrimas nos olhos e cheia de raiva pela maldade humana parámos o carro (assim como outras almas iluminadas) e entre todos conseguimos apanhá-la, metê-la no carro e salvar aquele bebézinho inocente cujo destino se adivinhava brevemente fatal”, conta a mulher que, ao que o JN apurou, se encontra grávida.
“De seguida, entre chamadas para os veterinários locais, para a associação Selva Dos Animais Domésticos (que se disponibilizaram logo para ajudar com as despesas veterinárias ), decidimos que, por ser um animal silvestre, o melhor era contactar o SEPNA, para que possa de futuro voltar ao habitat natural e ser tratada com os conhecimentos necessários”, continua a publicação, onde conta também que, face à preocupação, com o futuro da raposa foi pedida ajuda a agentes da GNR, que asseguraram que “o animal ia ser tratado com toda a dignidade e em conformidade com as suas necessidades” .
“Depois de não parar de pensar no bichinho desde ontem (sábado), acabei de receber uma chamada de um Capitão da GNR que me encheu novamente a alma de bênção na humanidade, informou que o animal tinha sido tratado e estava já no SEPNA a receber todos os tratamentos necessários até ser integrado novamente em liberdade”, descreve a mulher, concluindo com um agradecimento de “todo o meu coração aos agentes que me acolheram e trataram do assunto tanto de Caminha como de Viana”.