"Ainda não foram encontradas soluções" que viabilizem a continuidade da delegação da Raríssimas, na Maia - que acolhe em terapias 20 crianças e jovens com deficiências mentais e doenças raras -, "mas estão a ser equacionadas e negociadas" alternativas que mantenham o projeto, disse ao JN, Maria do Céu Ganhão, da comissão provisória de gestão da Raríssimas.
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A instituição reclama apoio do Estado e da população e, por enquanto, as portas vão manter-se abertas.
A Raríssimas tem estado "em contacto permanente com a Câmara da Maia que tem-se mostrado disponível para ajudar".
No mês passado, o JN ouviu a preocupação de um grupo de pais, com filhos a frequentarem a delegação de Milheirós, quanto ao possível encerramento, tendo na altura a instituição referido que foi equacionada essa hipótese por na Maia as receitas, "abaixo do previsto", não cobrirem os custos de funcionamento.
"Problema premente"
Agora, Maria do Céu Ganhão explicou que o "défice anual dos custos da delegação do Norte é de aproximadamente 40 mil euros", salientando que "a sobrevivência é da instituição como um todo, embora o problema de Milheirós seja mais evidente e premente".
E acrescentou: "Na Raríssimas, pelo decréscimo exponencial de donativos (em 2017 foram de 900 mil euros, enquanto que em 2021 foram de 163 mil euros) e pela má imagem transmitida na comunicação social, o risco de perda dos postos de trabalho é, pois, manifestamente superior".
Maria do Céu Ganhão culpa também o Estado, que "deveria comparticipar as terapias dos doentes com necessidades especiais, derivadas da complexidade da doença rara", o que não acontece.