Grupo de 124 esteve em contacto no hospital com uma estudante de enfermagem infetada com tuberculose.
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A segunda fase de testes aos recém-nascidos de alto risco que contactaram com uma estudante de enfermagem, em estágio na Obstetrícia do Hospital de Viseu, infetada com tuberculose, vai avançar dentro de duas semanas, altura em que se cumprem os três meses do período de incubação da doença.
Deste grupo fazem parte 54 bebés que já foram submetidos ao exame clínico e raio-x ao tórax, no serviço de pediatria do hospital. O JN sabe que, apesar de nenhuma criança ter apresentado sintomas da doença até agora, a maioria dos pais optou por administrar a medicação profilática. Na segunda fase do rastreio, os bebés vão ser submetidos a exames ao sangue e ao teste cutâneo à tuberculina.
“Estes procedimentos são meramente preventivos e estão previstos nas Normas e Orientações da Direção-Geral da Saúde, mantendo-se a vigilância de todas as crianças expostas pelos serviços de saúde”, adiantou o Hospital de Viseu.
Quanto ao segundo grupo, de 70 recém-nascidos, considerado de menor risco pelo inquérito epidemiológico, a cargo da Saúde Pública da Administração Regional de Saúde, foi submetido à primeira fase de rastreio na última semana.
Sem sintomas
Fonte da unidade hospitalar garante que, para já, não foi detetada nenhuma lesão compatível com a tuberculose. A este grupo de bebés, ao contrário do primeiro, não foi recomendada a medicação profilática.
Todas as 124 crianças passam a ser elegíveis para a administração da vacina BCG, que deixou de fazer parte do plano nacional em 2016.
O contacto entre os bebés e a estudante do segundo ano de enfermagem infetada ocorreu em novembro e dezembro. A jovem tinha sintomas gripais e o diagnóstico foi confirmado dias antes do Natal, mas só em janeiro é que os pais das crianças foram contactados.
O hospital garante que se trata “de um caso isolado e não de um surto hospitalar de tuberculose” e que todas as ações “foram reforçadas apenas por se tratar de recém-nascidos, não havendo necessidade de nenhum rastreio a profissionais de saúde nem a familiares dos recém-nascidos”.