A Câmara do Porto disse esta terça-feira que "não está prevista" a reativação do hospital de campanha montado, em abril no Pavilhão Rosa Mota devido à covid-19, para aliviar a pressão sobre as unidades hospitalares.
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"Não está prevista reativação de hospital de campanha", afirmou a autarquia, quando questionada pela Lusa sobre a eventual reativação daquela unidade perante o aumento do número de infetados com covid-19.
A estrutura esteve ativa cerca de um mês, tendo recebido, desde 14 de abril, data em que abriu portas, cerca de 30 doentes com covid-19 oriundos dos dois hospitais da cidade e também de lares rastreados no âmbito de um programa de separação de casos positivos e negativos lançado pela autarquia.
A unidade foi desativada no dia 15 de maio e desmontada em meados de junho, depois de a cidade estar sem registo de novos casos de covid-19 durante 11 dias consecutivos.
À data, em comunicado, a Câmara do Porto explicava que a decisão foi tomada em conjunto pelos Centros Hospitalares de São João e Santo António, Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos e pela autarquia, "depois da cidade não apresentar qualquer caso de COVID-19 há 11 dias consecutivos e de ter caído para quinto lugar no número acumulado".
Referia ainda que, com a campanha solidária promovida pela RTP, foram angariados cerca de 400 mil euros de mais de mil doadores, o que permitiu "equilibrar as contas e garantir o financiamento do projeto".
Com um total de 320 camas para doentes covid-19, a gestão do hospital de campanha foi garantida pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos e por cerca de 300 colaboradores que trabalharam em regime de voluntariado.
A estrutura foi montada tendo como objetivo receber doentes infetados com covid-19, assintomáticos ou com sintomas ligeiros, mas sem possibilidade de isolamento no domicílio, podendo ainda ser usada por doentes infetados e com necessidade de cuidados médicos devido a outras patologias, e doentes em fase de convalescença.