A Queima das Fitas do Porto reciclou 41 toneladas de resíduos durante a semana académica. Contas feitas, 85% do lixo produzido no Queimódromo foi reciclado, assim como 88% dos detritos gerados no cortejo.
Corpo do artigo
Os números - os mais elevados de sempre - foram alcançados graças à iniciativa "Não dês barraca. Recicla!", uma parceria entre a Federação Académica do Porto (FAP), a empresa municipal Porto Ambiente e a Lipor
"Cada barraquinha foi convidada a separar os resíduos, através da utilização de contentores, e desta forma conseguimos envolver os estudantes da Academia num esforço de reduzir a pegada carbónica no recinto da Queima das Fitas do Porto", explica Francisco Porto Fernandes, presidente da FAP, citado em comunicado.
Durante semana académica, 47 operacionais da Porto Ambiente e 14 estudantes voluntários da Comissão Ambiental da Academia do Porto responsabilizaram-se pela correta gestão de resíduos, a limpeza do espaço e ações de sensibilização junto do público.
"Esta parceria é um excelente exemplo de como o envolvimento da comunidade pode produzir excelentes resultados e fazer a diferença. O compromisso dos estudantes e a forma como trabalharam com as nossas equipas foi inexcedível. Esperamos que, nos próximos anos, a Queima das Fitas do Porto continue a liderar pelo exemplo, contribuindo para uma cidade mais sustentável", refere Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara e presidente do Conselho de Administração da Porto Ambiente, citado no mesmo comunicado.
O documento especifica que, no cortejo académico, "foram recuperadas 12 toneladas de madeira". E que, no Queimódromo, "das 41 toneladas recicladas, 20 toneladas foram exclusivamente de vidro". De acordo com a FAP, "foram ainda recolhidos 240 quilos de óleos alimentares usados, evitando a contaminação de solos e águas; compostados 200 quilos de resíduos orgânicos, que deram origem a adubo natural com aplicação agrícola; e tratados e reutilizados 100 quilos de cápsulas de café".
"Durante a edição de 2025 foram doadas 338 refeições, o que evitou o desperdício de 169 quilos de resíduos alimentares e impediu a emissão de aproximadamente 710 quilos de CO₂ para a atmosfera", realça, também, Francisco Porto Fernandes.
"Mais uma vez, a Queima das Fitas do Porto dá provas que é possível conciliar a tradição académica com uma gestão ambiental responsável e comprometida com o futuro", conclui o presidente da FAP, assegurando que nas próximas edições vai manter-se o esforço de combate às alterações climáticas.