Recolha de lixo alimentar: esforço de Oliveira do Bairro vai dar benefícios na fatura
Projetos para recolha de resíduos alimentares foram iniciados em 2021 e permitiram desviar do aterro 543 toneladas de lixo.
Corpo do artigo
No início custou. A florista Isabel Pinho “não gostava nada de ver o contentor à porta” da loja e diz mesmo que “algumas pessoas colocavam lá dentro os sacos de lixo comum”, mas insistiu e depressa percebeu que, afinal, “não é difícil”. No contentor de Paulo Santos, proprietário de uma pastelaria próxima, estão “borras de café e pouco mais”, já que muito do pão e pastéis que não se vendem é aproveitado para alimentar “galinhas”. E, em Amoreira do Repolão, no balde que Vítor Figueiredo coloca à porta de casa, há cascas de ovos e de batatas. “Não é difícil separar, é uma questão de hábito”, garante, realçando que se torna mais fácil por haver recolha à porta.
Isabel, Paulo e Vítor são três entre os muitos residentes de Oliveira do Bairro que separam os biorresíduos, permitindo ao município reduzir a quantidade que segue para aterro. O esforço vai ser compensado no próximo ano, com uma descida de 4,5% na tarifa. Quanto menor a quantidade de resíduos indiferenciado, “menos vamos pagar pela sua recolha e tratamento”, explicou o vice-presidente da Câmara, Jorge Pato.