Centro de Recrutamento da Armada foi a uma escola de Viana do Castelo mostrar aos alunos que há vários caminhos para usar a farda.
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Ana Faria, aluna da escola EB 2,3 da Abelheira, entusiasma-se com a possibilidade de seguir Medicina na Marinha. A vontade de ser médica já estava instalada, apesar da incerteza de conseguir notas para ingressar no curso, mas uma ação de divulgação do Centro de Recrutamento da Armada, realizada naquela escola, no âmbito das comemorações do Dia da Marinha em Viana do Castelo, abriu agora um novo horizonte.
"Desde que começou esta campanha e com a chegada do navio-escola Sagres, comecei a ficar um bocado interessada. Acho que vou visitar o navio com a minha mãe na sexta-feira, porque é interessante", contou Ana, referindo: "Se no 12.º tiver notas, gostava de ir para Medicina e agora com esta apresentação e com o que disseram, que podemos tirar o curso de Medicina na Marinha, poderá ser uma opção", admite ao JN.
Ana foi um dos cerca de 60 alunos da EB 2,3 da Abelheira que anteontem escutaram as explicações do sargento Marques, após um vídeo de apresentação da vida na "Marinha mais antiga do Mundo". E que, com cerca de 700 anos de existência, conta, atualmente, com 6874 militares.
Do grupo de adolescentes na audiência, pelo menos mais uma aluna, Leonor Branco, manifestou também entusiasmo com a Medicina Naval. "Fiquei muito interessada. Gostava de ser médica lá. Achei muito interessante os cursos que se podem tirar na Marinha. Não sabia", reconhece.
Rafael Paz, que já espreitou o navio-escola Sagres, atracado num cais junto à Praça da Liberdade de Viana do Castelo, mostra-se interessado num possível ingresso para chegar a Sargento. "Já tinha ouvido falar sobre a Marinha, disseram-me que era interessante e, se calhar, é um bom caminho", afirmou.
Por todo o país
A colega Ema Rosário gosta pelo fardamento, mas duvida da preparação física. "Sinto que não ia conseguir passar devido aos testes físicos, porque não sei fazer abdominais, nem flexões, mas gostava de me ver fardada", refere, sem pôr de parte a hipótese.
Segundo o porta-voz da Marinha, comandante Ricardo Sá Granja, as ações de recrutamento acontecem um pouco por todo o país, de acordo com um calendário pré-estabelecido. "O interesse e as perguntas dependem das idades. Os mais velhos já pensam naquilo que querem fazer no futuro, admitindo a Marinha, enquanto os mais novos querem saber o que se faz a bordo dos navios". Para o comandante, "esta é uma sementeira que só se percebe se dá frutos daqui a cinco, 10 ou 15 anos".