O combate às chamas, mas sobretudo a ajuda às pessoas que vivem momentos de desespero, são as prioridades para o reforço de bombeiros e militares que aterraram às 12.10 horas no Funchal, provenientes do Montijo.
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A bordo do C-130 da Força Aérea, os 83 elementos da Força Conjunta da Autoridade Portuguesa da Proteção Civil quer "apoiar colegas e ajudar portugueses aflitos", disse à Lusa adjunto do comando dos bombeiros voluntários de Montelevar, Sintra.
"Compreendemos os colegas que precisam de descanso e a aflição das pessoas que precisam de auxílio", sublinhou Ricardo Silva. Nesta sua primeira ida à Madeira, o voluntário lembra que às vezes "vale mais uma palavra que mil atos".
As operações de rescaldo e vigilância às chamas são duas das preocupações dos militares e bombeiros.
Habituado a participar em missões militares internacionais pela GNR, João Andrade estreia-se hoje numa missão do género a comandar um Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro. "Vamos encontrar muita gente em situação de desespero e situação de aflição e por isso vamos com ideia não só de apagar chamas, mas de ajudar as pessoas a recomporem-se de um estado emocional complicado", sustentou o militar, que veio da Figueira da Foz.
Também certo de que no Funchal há mais trabalho à espera do que o combate ao fogo, o chefe de grupo Forças Especiais de Bombeiros Daniel Estedainha frisou que a primeira missão dos soldados da paz "é salvar vidas e bens". Vem de Setúbal, ciente do que vai enfrentar "condições adversas num cenário de grande stress".
A ilha da Madeira tem sido palco de violentos incêndios nos últimos dois dias, atingindo os concelhos da Calheta, Santa Cruz e Funchal.