Aumentam, também, as torres de vigilância no recinto da Queima das Fitas do Porto. Esperadas 240 mil pessoas na festa entre 3 e 10 de maio.
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O Queimódromo do Porto, na Circunvalação, que, uma vez mais, será o palco da Queima das Fitas, vai ter este ano um reforço da segurança: entre agentes da PSP, elementos da segurança privada e bombeiros, a festa dos estudantes, que decorre entre 3 e 10 de maio, contará com 500 efetivos para zelar pela ordem e evitar comportamentos desapropriados.
São esperadas cerca de 240 mil pessoas no recinto, a uma média de 30 mil por noite, em linha com as enchentes do passado recente, o que diz bem da grandeza do evento. A Federação Académica do Porto (FAP), que nunca divulga os valores gastos na celebração, diz que o investimento em segurança passa a representar 30% do seu orçamento anual, quando, no passado, era de 25%. À PSP, à segurança privada e aos bombeiros, acresce a Proteção Civil.
O sistema de videovigilância será fortalecido, com o aumento do número de câmaras. O número de torres de vigilância também será alargado. Ao JN, conforme dá nota Francisco Porto Fernandes, presidente da FAP, haverá um "centro de operações, que juntará a PSP e os demais operacionais ligados à segurança, que funcionará em permanência com os olhos postos no que se passa no interior e nas imediações do Queimódromo". A direção da FAP também estará representada no centro de operações.
Revista à entrada
Como é hábito neste tipo de acontecimentos, haverá revista à entrada do Queimódromo. O acesso estará garantido mediante a exibição de uma pulseira criada para o efeito, válida para todas as noites da Queima, ou através da amostragem do bilhete em formato digital, caso se trate de um ingresso diário. Como vem sendo comum nos últimos anos, e por isso já não constitui novidade, não haverá dinheiro físico. As formas de pagamento serão através de cartão multibanco, de MB Way ou de outras formas análogas.
Uma das novidades na edição de 2025 é a instalação de postos para o carregamento de telemóveis. O objetivo é que toda a gente esteja contactável. "Apelamos a que tenham um comportamento consciente e controlem os consumos (no caso das bebidas alcoólicas), assim como evitem ir ou deixar o Queimódromo sozinhos", alerta Francisco Porto Fernandes. Para que não falte rede, a FAP teve "reuniões técnicas" como as operadoras dos telemóveis, a fim de que o sistema esteja sempre operacional e seja eficaz.
A somar a toda esta organização, há a registar a presença de voluntários espalhados pelo espaço da festa, devidamente habilitados e vocacionados para evitar ou tratar comportamentos de risco. Serão mais de 70 pessoas, apoiadas por uma equipa de cerca de uma dezena de psicólogos. "Queremos que seja um evento seguro, onde estudantes e familiares se sintam confortáveis", destaca o presidente, otimista quanto ao desenrolar das oito noites.
A FAP garante que os colaboradores da Comissão de Prevenção de Comportamentos de Risco têm "formação específica em primeiros socorros psicológicos, violência de género, assédio e consumo de substâncias psicoativas".
Identificados "com casaco laranja, estes elementos circulam, de forma próxima e acessível, pelo Queimódromo, ao serviço dos estudantes", como é adiantado pela federação. "O espaço Abrigo-(te) conta com o apoio de especialistas para prevenir comportamentos de risco e dar resposta rápida e adaptada a episódios de violência", completa.
Linha de Apoio no WhatsApp vai funcionar 24 horas por dia
Outra novidade introduzida na Queima das Fitas deste ano é a Linha de Apoio, que funcionará durante toda a semana estudantil, de 3 a 10 de maio, e de forma ininterrupta, 24 horas por dia. "Se precisares de ajuda, utiliza a Linha de Apoio WhatsApp, com o número 960435604". Este é o teor da mensagem da Federação Académica do Porto posta a circular, numa iniciativa que pretende dar resposta à comunidade universitária, em caso de necessidade.