Região dos vinhos verdes precisa de “adaptação positiva” 

Confrontados com "um retrocesso no consumo de vinho a nível global", os viticultores devem adaptar-se nas áreas da produção e promoção, defendeu, ontem, Luís Braga da Cruz, durante a tomada de posse dos órgãos sociais da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes para o mandato 2025/2027, que decorreu na Casa do Vinho Verde, no Porto.

Empossado como presidente do conselho-geral, Braga da Cruz salientou a importância de "inovar a nível da vinicultura", defendeu que "se evolua na diversificação dos vinhos" e aconselhou a partir em "busca de novos mercados", apostando, ao mesmo tempo, em "manter" os que já estão fidelizados.

Também Dora Simões, que tomou posse como presidente da direção da comissão alertou para a necessidade de haver "uma adaptação positiva e célere da região", face ao "declínio do consumo nos segmentos mais jovens".

"Ouvir e compreender os problemas do setor e promover o diálogo para que, em conjunto, encontremos os caminhos de desenvolvimento sustentável para a atividade de viticultura da nossa região" foi a promessa deixada por Luís Braga da Cruz, que sucede a Celeste Patrocínio.

Lembrando que as "incertezas climáticas têm levado a alterações do comportamento meteorológico na região", o novo presidente do conselho-geral da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes sublinhou que essas modificações têm impacto na produção, o que se reflete nos custos.

"Criar novos produtos"

Numa cerimónia que contou com a presença de personalidades como o presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), António Cunha, e o ex-presidente da Câmara do Porto e candidato independente às autárquicas, Nuno Cardoso, também a presidente cessante do conselho-geral referiu um panorama "preocupante" no setor.

Celeste Patrocínio alertou para a importância de "olhar para a diversidade da região" e de apostar na diferenciação, "criando e inovando em novos produtos que, não desvirtuando o vinho verde, o diferenciem".