Os reis de Espanha estão prestes a acabar a visita à cidade do Porto, convencidos de que o Norte de Portugal conseguiu ultrapassar a crise económica. Graças às reformas governativas. "Já começamos a vislumbrar o final da crise", disse Felipe VI, num almoço de Estado no Palácio da Bolsa.
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"Há quatro anos e meio, tivemos a oportunidade de visitar Portugal, como Príncipes das Astúrias. Então, a crise económica afetava gravemente os nossos cidadãos", começou por recordar o rei de Espanha, num almoço no Palácio da Bolsa que deve terminar por volta das 15 horas.
Para Felipe VI, houve dois fatores essenciais para se ultrapassar a crise: a "tenacidade e o sacrifício" do povo e as "reformas levadas a cabo" pelos governos dos dois países.
"Já começamos a vislumbrar o fim da crise económica", considerou Felipe VI, dando como exemplo a "pujança" que encontrou no Norte do país e a enorme transformação vivida na cidade do Porto.
É graças ao atual "dinamismo empresarial" que o rei de Espanha acredita estarem reunidas condições para se aprofundar o relacionamento entre os dois países, aproveitando-se todas as potencialidades dos países de língua oficial portuguesa e castelhana, em particular de África.
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"É possível ir mais longe nas relações entre as nossas economias e os nossos povos", concordou o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que voltou a quebrar o protocolo, desta feira para dizer de improviso o que lhe ia "no coração".
"É indispensável intensificar a nossa cooperação entre as empresas, através de fluxos de comércio, investimento e turismo", tinha acentuado momentos antes o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, pedindo "alianças estratégicas" entre os dois países, em particular na indústria.
Os reis de Espanha chegaram ao Paládio da Bolsa poucos minutos depois das 12.30 horas, sendo recebidos por dezenas de populares que se dividiram em gritos de louvor à rainha Letizia e à monarquia. "Viva os Reis de Espanha! Viva a monarquia!", ouviu-se antes de entrarem no salão árabe do Palácio da Bolsa, onde almoçaram com 200 empresários espanhóis e portugueses.
O segundo dia da visita dos monarcas termina em Lisboa, com uma sessão solene na Câmara e um jantar de Estado no Palácio das Necessidades.