Um alerta para um alegado "clima de suspeição relativo à prestação dos docentes" instalado na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), tem feito correr tinta nos últimos dias. O reitor, Emídio Gomes, diz porém que "respeita os rigorosos princípios de liberdade, isenção e lealdade" para com os professores.
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Ao Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESUP), que fez a denúncia pública, juntaram-se críticas do Bloco de Esquerda e do Livre.
A história começa nas declarações do reitor da UTAD, no dia 9 de outubro, na Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Durante a participação num evento, segundo cita o SNESUP, o reitor disse: "Eu, quatro vezes por ano, fecho-me com a totalidade dos meus núcleos de curso, à porta fechada (...). Eu sei tudo sobre os meus professores".
Emídio Gomes acrescentou: "antes de ser reitor da universidade, eu fiz uma amostra de 100% dos meus docentes do quadro da universidade. Sei exatamente o que cada um deles faz, como está, quando faltam às aulas, quando fazem batota com as aulas, quando não põem lá os pés! Sei isto tudo sobre cada um com este cuidado, conheço as debilidades da minha própria instituição, no sentido de a fortalecer".