A Estradas de Portugal garante que não há indícios de colapso iminente da ponte da Foz do Dão, no IP3, embora esteja em "processo de degradação". Em Novembro começa a ser construída uma nova travessia entre os concelhos de Santa Comba Dão e Mortágua.
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Numa nota enviada à agência Lusa, a Estradas de Portugal (EP) adianta que está a "acompanhar esta situação em colaboração com o LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] e a desenvolver todas as diligências necessárias para a sua resolução", salvaguardando a segurança dos utilizadores da ponte que liga os concelhos de Santa Comba Dão e Mortágua.
Para isso, o "Governo produziu um despacho de dispensa de procedimento de avaliação ambiental [publicado sexta-feira em Diário da República], que permite acelerar este processo, tendo em vista a segurança dos utentes", diz a EP.
A empresa pública adianta ainda que, "em projecto de execução, foi tomada a opção pela substituição integral da ponte, uma vez que fica garantida à partida uma durabilidade superior a longo prazo, os processos construtivos são mais simples e rápidos e consequentemente com menores dificuldades técnicas e construtivas de implementação".
A obra, que inclui a construção da nova travessia, a ligação à rede viária existente e o desmantelamento da ponte actual, será lançada em Novembro e terá um prazo de execução de 900 dias. O custo estimado da empreitada é de 18 milhões de euros, confirmou a Estradas de Portugal.
"Risco considerável"
A ponte do Chamadouro apresenta "um risco considerável" de ruir, de acordo com um relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), citado num despacho do Diário da República.
"Verifica-se um risco considerável de a ponte existente ruir, atendendo a que o estado de degradação dos pilares é evolutivo, porquanto a degradação identificada no relatório do LNEC é constante e gradual, não sendo possível determinar, em termos precisos, quando deverá a ponte ser encerrada", refere o despacho assinado pelo secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e pelo secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território.
No entanto, o Ministério da Economia e do Emprego, que tutela as Obras Públicas, garantiu à Lusa que esse risco não existe. "Não havendo indícios de colapso iminente, há sinais que impõem que se faça uma ponte nova", referiu a fonte da tutela.