Os trabalhos de remoção da terra que caiu esta tarde, "lenta" mas "intensamente", na estrada que liga Guimarães a Fafe vão continuar até "estar completamente afastada" a hipótese de vítimas soterradas, disse o comandante dos bombeiros locais.
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"As máquinas só param quando se poder afastar definitivamente a hipótese de alguém soterrado", garantiu o comandante dos Bombeiros de Guimarães, Hersílio Campos.
Uma massa de várias toneladas de terra desceu ao fim da tarde desta terça-feira a encosta da circular urbana de Guimarães, zona de Mesão Frio, Guimarães, afetando a estabilidade de um prédio com mais de 10 habitações.
Testemunhas da derrocada garantiram à Lusa que nenhum veículo foi abalroado pelo deslizamento de terras e que os carros tiveram tempo para parar, uma versão corroborada pelos bombeiros, entretanto chamados ao local.
"Fomos chamados para a limpeza de via, um pouco de lama. Pelo caminho fomos recebendo alertas que a terra continuava a deslocar-se e os primeiros homens a chegar aqui depararam-se já com este muro de terra, mas ainda assistiram a mais terra a descer pela encosta", descreveu Hersílio Campos.
Nos últimos dias foram muitas as "trombas de água" na região. "Poderá ser a origem deste cenário", avançou, "sem certezas", o responsável.
No terreno, esta noite ouviam-se os apitos das máquinas que repetidamente retiram carga de terra para dezenas de camiões que, em fila indiana, chegam vazios e partem cheios.
Quanto aos moradores do prédio "em risco", nenhum está no local. "Estão abalados. Não há feridos mas é sempre um choque", afirmou à Lusa fonte da equipa que acompanhou os habitantes do prédio, entretanto realojados em casas de familiares.
"A sorte é que não está a chover", afirmou um dos operadores das máquinas que tentam desfazer o muro na berma da estrada, "mas está frio".
Não há hora para o fim dos trabalhos e a circular urbana de Guimarães ficará fechada nos próximos dias.