Cerca de dois anos depois da onda de contestação que marcou o início da requalificação da zona envolvente às Termas das Caldas de S. Jorge, em Santa Maria da Feira, a obra vai ser inaugurada no próximo domingo e merece, agora, o elogio da população.
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O presidente da Câmara Municipal, Emídio Sousa, diz que "questões politiqueiras" estiveram na origem da contestação.
"Está muito mais bonito e muito melhor do que antigamente", considera Alfredo Bastos, morador das Caldas de S. Jorge, que, na companhia do amigo Jorge Herdeiro, tece elogios à obra de requalificação que custou mais de 2,2 milhões de euros e deu uma nova vida à envolvente das Termas.
Sentado sobre o pequeno muro, junto à conhecida Fonte das Termas, recorda as "críticas ouvidas no início", mas garante que "agora as pessoas estão a gostar" do resultado.
Opinião partilhada por Jorge Herdeiro que mostra apenas desagrado pela alteração no sentido de trânsito efetuado numa das ruas de acesso à sua habitação e pela deslocalização do parque infantil que se encontrava em frente às termas e que foi relocalizado a cerca de 70 metros de distância.
"Para mim esta zona está mais bonita, apenas o parque infantil está, na minha opinião, um pouco mal localizado", afirmava, por seu lado, outra habitante que pediu o anonimato.
O presidente da Junta de Freguesia, José Martins, lembra que a polémica inicial relacionada com o alegado corte de 30 árvores "não aconteceu", tal como tinha garantido. Pelo contrário. "Foram retiradas apenas três árvores, duas das quais com problemas fitossanitários e plantamos mais de uma centena de árvores na zona de intervenção".
Para o autarca, a obra a ser inaugurada domingo, pelas 10 horas, "é uma mais-valia para a freguesia. Houve decisões difíceis, mas que foram tomadas de forma certa e a obra mostra que tínhamos razão".
"É uma obra importante que me orgulha muito e agradeço ao senhor presidente da Câmara este investimento", referiu.
Sobre a nova localização do parque infantil diz que é o local "ideal para fazer crescer as potencialidades desta zona. Este parque é apenas uma peça do grande parque que queremos construir no futuro", revelou.
Também o presidente da Câmara Municipal, Emídio Sousa, mostra agrado com o resultado da requalificação. "A obra resultou em pleno. Alguma celeuma no início teve mais a ver com questões politiqueiras do que com a obra", considerou.
"Este é um espaço de excelência que precisava de obras. A maior parte do investimento não se vê, é subterrâneo". "Tivemos que renovar toda a rede de drenagem e identificar focos de poluição".
Em relação ao parque infantil considera que a localização antiga "em plena zona de circulação de viaturas era um perigo". "As crianças precisam de espaço, de estar na terra, no meio das árvores, de brincarem em segurança", concluiu.
A requalificação da zona envolvente das Termas passou pela construção da rede de drenagem de águas residuais e pluviais; infraestruturas elétricas/iluminação; a requalificação de arruamentos, passeios e faixa de rodagem, a reabilitação do Largo do Coreto e do passeio junto ao rio Uíma, com ligação aos circuitos pedonais do Parque das Ribeiras do Uíma, entre outros melhoramentos.