A Câmara de Paredes decidiu, com os votos contra do PSD, continuar com o processo de resgate da concessão de água e saneamento no concelho e criação de serviços municipalizados, apesar do parecer desfavorável, mas não vinculativo, da ERSAR - Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos.
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Na reunião de Câmara desta quarta-feira, foi aprovada ainda a adjudicação de um empréstimo a duas entidades bancárias, de 21 milhões de euros, para pagar o resgate, que segue para a Assembleia Municipal e Tribunal de Contas.
O presidente do Município, Alexandre Almeida, refutou os argumentos do regulador. "A ERSAR aponta três questões com as quais não concordamos e que foram rebatidas pelos consultores que nos apoiaram. Vamos avançar com o procedimento de resgate até à criação dos serviços em janeiro de 2022", avisou.
O autarca disse discordar quando é dito que o cenário a considerar para o resgate devia ser o do primeiro aditamento ao invés do segundo (que não chegou a ser concretizado). Garantiu que, ao contrário do que é dito, foram dados todos os elementos para o cálculo da indemnização a pagar e caracteriza como "incompreensível" o facto de a ERSAR dizer que não ficou comprovado que os serviços municipalizados serão uma mais-valia face à concessão.
O PSD votou contra o resgate e o empréstimo por defender antes a rescisão do contrato por incumprimento da concessionária e por acreditar que o resgate vai "sair muito caro aos cofres municipais".
A Autarquia avançou que foram aprovadas duas candidaturas para construção de saneamento nas freguesias de Sobreira e Recarei. O investimento ronda os três milhões e vai permitir chegar a 1200 habitações. Os concursos públicos serão lançados em maio.