A Ministra do Ensino Superior, Elvira Fortunato esteve esta sexta-feira em Famalicão para marcar o arranque da construção da única residência para estudantes do concelho, situada na Praça D. Maria II. Vai ter 91 camas e estará pronta no próximo ano.
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A nova infraestrutura vai nascer no edifício onde funcionavam os serviços municipais do Ambiente e que já foi um quartel de bombeiros. O imóvel será reabilitado e ampliado para dar lugar à Vila – residência de estudantes que terá capacidade para 91 estudantes e investigadores.
Esta capacidade estará distribuída por 53 quartos com cinco tipologias diferentes: quartos simples, duplos, estúdios simples e duplos e quartos adaptados a pessoas com mobilidade reduzida. O alojamento será gerido pela Câmara de Famalicão e terá 74 camas destinadas a estudantes bolseiros deslocados e até sete camas poderão ser ocupadas por investigadores.
Além das unidades habitacionais, a residência estará também equipada com sala de estudo, espaços de refeições e de convívio, cozinhas, salas técnicas e áreas de apoio ao pessoal, de gestão e armazenamento e garagem/oficina para bicicletas.
O investimento é de 4,8 milhões de euros sendo que 3,4 milhões de euros são financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
De resto, Elvira Fortunato destacou que depois da execução das obras em curso apoiadas pelo PRR, em 2026, Portugal terá mais cerca de 27 mil camas para estudantes.
“Tenho pena de não estar cá à medida que as obras vão sendo finalizadas”, lamentou a ainda governante, salientando que em 2026 o país vai ter um “parque de residências muito melhor e os estudantes terão muito melhores condições”.
A ministra elogiou a inovação do projeto da residência para estudantes famalicenses, destacando os materiais utilizados assim como o cuidado com a sustentabilidade. Enumerou o facto dos resíduos de obra serem utilizados na própria empreitada.
Por seu lado, Mário Passo, presidente da Câmara de Famalicão, frisou a opção de construir o alojamento no centro da cidade, e justificou com o dinamismo que isso poderá trazer à cidade. Por outro lado, realçou a necessidade de habitação para os estudantes.
“Fazia-nos falta uma residência porque Famalicão tem muita procura externa”, adiantou.
O alojamento estudantil vai dar resposta às quatro instituições de ensino superior presentes no concelho: a Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU), Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), Universidade do Minho e Universidade Lusíada.