Exposição "Revelação - Manuscritos Sagrados de Santa Cruz de Coimbra" partilhou documentos que não estavam disponíveis ao público há 25 anos. O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, esteve na inauguração, que decorreu esta sexta-feira, no núcleo do Museu do Porto, no edifício da Alfândega.
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O grande destaque do evento, que reuniu cerca de uma centena de pessoas, são os 27 códices medievais que faziam parte da Livraria de Mão do antigo Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. O acervo, guardado desde 2000, é representativo de um universo de 97 manuscritos.
Na abertura, Rui Moreira fez questão de assinalar a importância desta atividade para o município do Porto. "Esta exposição tem um grande significado e reveste-se de simbolismo para a cidade. Estamos empenhados em não deixar esmorecer a influência que a Biblioteca Municipal tem na dinâmica cultural da cidade e no sentimento de pertença dos portuenses", afirmou o autarca.
Já a diretora municipal de Cultura, Alexandra Cerveira Lima, explicou a razão de estes códices terem um tempo de exposição reduzido, até porque estiveram ocultos durante tanto tempo. "A preparação é extremamente delicada. Estiveram guardados 25 anos e provavelmente só serão trazidos a público daqui a tantos outros anos. A dificuldade e o cuidado que é preciso para a sua exposição ditou a construção de vitrinas próprias porque até a temperatura e a humidade têm de ser controladas. Não há mais nenhum, o que torna cada um deles únicos", explicou.
A exposição "Revelação" está inserida num programa de iniciativas que visam minimizar o impacto do encerramento da Biblioteca Pública Municipal do Porto, motivado pela obra de requalificação e ampliação do edifício.