A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Norte (CCDR-N) reuniu-se, esta quinta-feira, em Braga, com a Comunidade Intermunicipal do Cávado para analisar os investimentos em curso. Neste encontro, o presidente da CCDR-N, António Cunha, deixou claro que “o Cávado tem sabido tirar partido das oportunidades”.
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Neste encontro, o edil bracarense, e presidente da CIM, Ricardo Rio, revelou-se preocupado com as consequências financeiras de haver projetos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que possam não estar concluídos até 31 de agosto de 2026, como é exigido.
Ricardo Rio expressou a sua preocupação relativamente ao que poderá acontecer com os projetos que não cumprirem os prazos do PRR. “Temos vindo a defender o prolongamento dos prazos que, na nossa perspetiva, é absolutamente fundamental. A alternativa é abdicar de projetos que são mais transformadores em detrimento de outros que são mais ágeis na concretização da despesa”, avisou.
“Gostaríamos que houvesse uma maior clarificação sobre o que vai acontecer a projetos que sejam iniciados e não estejam concluídos: vai haver uma devolução total do financiamento?; vai ser feita uma comparticipação parcial?; os investimentos vão ser complementados pelo Orçamento de Estado?”. O presidente da CIM do Cávado está preocupado, nomeadamente, com alguns projetos de unidades de saúde e escolas, que estão muito atrasados.
Cávado está a aproveitar
No encontro ficou a saber-se que a região do Cávado tem mais de 11 mil projetos aprovados no âmbito do PRR, totalizando um investimento de 651,4 milhões de euros. A maior fatia, com 190,9 milhões de euros, foi alocada a 52 projetos de inovação. Na área das qualificações há 4939 projetos, para um montante de financiamento de 110,5 milhões de euros. Somam-se mais 404 planos, aprovados no quadro do Portugal 2030, num investimento total de 324,2 milhões de euros, com uma comparticipação de 181,5 milhões de euros.
Esta performance permite ao presidente da CCDR-N dizer que “os números falam por si” e sublinhar que “o Cávado tem sabido tirar partido das oportunidades dos fundos europeus para afirmar a sua identidade, investir no conhecimento, valorizar os seus recursos e criar valor acrescentado”.