Uma extensão de um quilómetro do Rio Sado na frente ribeirinha de Alcácer do Sal vai ser desassoreada com vista à redução do risco das cheias e ao alargamento do canal de navegação que ao longo dos anos tem ficado cada vez mais estreito devido ao acumular de lamas provenientes das chuvadas e descargas das barragens.
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A obra será da Agência Portuguesa do Ambiente, em colaboração com a Câmara Municipal de Alcácer do Sal, cujo autarca, Vítor Proença, considera que em causa, acima de tudo, está a “salvaguarda de pessoas e bens na zona ribeirinha onde tem existido inundações quando chove devido ao acumular de lama no rio que não permite o escoamento devida das águas”.
O desassoreamento das duas margens já tinha sido foi sinalizado há dois anos, mas, de acordo com o autarca “o anterior Governo nada fez”.
A atividade económica no rio, desde a turística com os passeios nos centenários galeões à pesca, tem sofrido com o acumular de areia que faz com que na maré vazia, barcos de pesca fiquem encalhados. “O canal de navegação é cada vez mais estreito e muitos pescadores deixam de poder trabalhar”, afirma Vítor Proença, para quem se torna “cada vez mais incomportável ver um crescente embelezamento da frente ribeirinha da cidade junto a um rio com cada vez mais lama acumulada nas margens que traz maus odores e prejudica o turismo”.
A autarquia alcacerense e a Agência Portuguesa do Ambiente assinaram um protocolo para a primeira fase do processo, a realização o projeto de execução, que vai ter um custo de 180 mil euros dos cofres da APA e execução pela autarquia, através dum concurso público. O projeto de execução será realizado por privados através dum concurso público e quando estiver terminado será entregue à Agência Portuguesa do Ambiente para realização da obra, sem previsão de data de início. No protocolo, assinado na terça feira, pode-se ler que as intervenções têm um carácter holístico que inclui a recuperação da qualidade das massas de água, a proteção dos ecossistemas e a promoção da biodiversidade e a promoção da defesa contra cheias de pessoas e bens.