Nasceu em fevereiro e a partir desta terça-feira, Roki já pode ser visto pelos visitantes do Zoo de Santo Inácio, em Gaia. É um hipopótamo-pigmeu, espécie em vias de extinção, estimando-se que existam menos de 2500 em todo o Mundo.
Corpo do artigo
Foi natural, por isso, o entusiasmo com que foi acolhida a cria que nasceu após 188 dias de gestação e com 7,4 quilos. Sem problemas de apetite, o filho de Romina e Kibwana um mês depois já pesava 18 quilos. Desde fevereiro, Roki esteve a receber os “cuidados maternais exigidos nos primeiros meses de vida, assim como também adaptar-se à vida na água, característica desta espécie”, explica o Zoo de Santo Inácio, em comunicado. O mesmo texto dá conta Roki é a quarta cria deste casal reprodutor. E que Romina e Kibwana até já são avós de pelo menos dois animais noutros parques zoológicos.
Uma família numerosa, por contraponto ao perigo de extinção que a espécie enfrenta, devido à desflorestação e à caça intensiva. “A espécie de hipopótamo-pigmeu (Choeropsis liberiensis) está inserida no Programa Europeu de Preservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (EEP) da Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA), pelo que o nascimento desta cria do sexo masculino se revela fundamental para a continuidade e conservação da espécie à escala global, considerando que apenas um em cada 10 nascimentos resultam em machos”, observa o Zoo de Santo Inácio, em comunicado.
“Este nascimento é particularmente especial para todos nós. Estima-se que existam menos de 2500 hipopótamos-pigmeu em todo o mundo, estando a espécie classificada como ‘em perigo’. Cada nova vida representa uma oportunidade para garantir o futuro da espécie e mostra que estamos no caminho certo no compromisso que assumimos com a conservação das espécies, especialmente as ameaçadas de extinção”, afirma Teresa Guedes, diretora do Zoo.
Nos países de origem, Libéria e Costa do Marfim, os habitats dos hipopótamos-pigmeus estão a ser destruídos. As florestas onde vivem são “constantemente exploradas, cultivadas, convertidas em plantações (borracha, café e óleo de palma) e colonizadas”, explica o comunicado. “A floresta que resta está fragmentada, deixando as populações de hipopótamos pigmeus isoladas, com consequências demográficas e a maior suscetibilidade de pequenas populações à extinção local”, acrescenta.