Rosa, 75 anos, vivia sozinha desde que ficou viúva. Com duas filhas emigradas e um filho a viver na vizinhança, todos lhe gabavam o facto de ser "uma senhora ainda ativa". Neste sábado, já tinha ido tomar café às bombas de gasolina, na EN222, em Gaia, "e devia ir a caminho de casa", quando foi atropelada mortalmente.
Corpo do artigo
O acidente deu-se por volta das 10.30 horas, em frente ao pão quente onde também era cliente. "A Rosinha vinha aqui todos os dias. Tomava o seu cafézinho, fazia uma raspadinha e antes de ir para casa ainda passava pelo pão quente. Outras vezes, viamo-la a passar nas suas caminhadas", contou ao JN António Santos, 56 anos, gerente das bombas de gasolina. Incrédulas estavam também as funcionárias que a costumavam atender: "Já cá tinha passado hoje para tomar o café", confirmou uma delas, visivelmente abalada.
Quando se apercebeu do atropelamento, António ainda se dirigiu ao local e viu Rosinha deitada no chão, junto a uma das duas rotundas de acesso à Estrada Nacional, junto à Rua da Ponte Pereira, em Pedroso. Foi precisamente dessa artéria que saiu o veículo, conduzido por um homem com cerca de 50 anos, que a atropelou.