Câmara de Aveiro diz que pandemia, guerra e trabalhos complementares aumentaram o custo previsto de 12,4 milhões
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A obra de requalificação do Rossio e da Praça General Humberto – também conhecida como Ponte-Praça –, em Aveiro, custou 20,5 milhões de euros. Inicialmente, o custo previsto era de 12,4 milhões (11,7 mais IVA de 6%). A informação foi apresentada esta quinta-feira pela Câmara, em reunião do executivo. A guerra, a pandemia, a inflação e trabalhos complementares necessários foram a justificação da autarquia para o aumento do preço da empreitada.
O concurso público da requalificação foi adjudicado, em julho de 2020, por 11,7 milhões, ao consórcio constituído pela Tecnórem e pela CIMAVE. E incluiu a construção do parque de estacionamento subterrâneo do Rossio, a requalificação da superfície e a remodelação de toda a Ponte-Praça. Mas, segundo a Câmara, “no quadro da empreitada foram reportados trabalhos complementares, ao longo do período da obra, no valor de 5,1 milhões de euros”. Em contrapartida, houve uma redução de dois milhões de euros “de trabalhos a menos identificados”.
As contas não ficaram por aí. A autarquia adiantou que “as revisões de preço, pressionadas pela pandemia de covid-19, pelo início da guerra na Ucrânia e pelo crescimento agudo da inflação, cifraram-se em 4,6 milhões de euros”. No total, já com o valor de IVA acrescido, a obra acabou por custar 20,5 milhões de euros. Desses, dois milhões foram comparticipados por fundos comunitários. E o concessionário dos parques de estacionamento do Rossio e do Mercado Manuel Firmino teve que entregar à Câmara, pela exploração dos mesmos durante 40 anos, 2,5 milhões.
Dívida com 20 anos paga
Também na sequência da reunião de hoje, foi divulgado que a autarquia chegou a acordo para o pagamento de uma dívida com mais de 20 anos, no valor de 17673 euros, referente a trabalhos executados, por Manuel de Jesus Valente, em escolas do município, entre 2001 e 2005. O executivo justificou o atraso de duas décadas com a “má gestão” dos anteriores executivos, que levou os herdeiros do empreiteiro a recorrer ao tribunal. O processo terminou agora com um acordo de pagamento.