Uma das saídas da estação de metro e comboios do Cais do Sodré, em Lisboa, onde pernoitavam sem-abrigo, está parcialmente vedada há cerca de dois meses.
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Naquele acesso, por onde passam diariamente dezenas de milhares de pessoas, ainda são visíveis marcas de um incêndio no teto e o vidro da estrutura permanece partido. Questionada pelo JN, a Infraestruturas de Portugal (IP) explica que na sequência de um fogo ali ocorrido, interditou a área por razões de segurança, mas assegura que "não há risco para os utentes, uma vez que esta está isolada do circuito de circulação".
A IP esclarece que “na sequência de um incêndio que deflagrou no interior de uma das saídas da estação do Cais do Sodré, provocado por pertences de pessoas em situação de sem-abrigo que pernoitavam no local, a IP procedeu de imediato à interdição da área afetada”. A medida, explica, foi tomada “por razões de segurança”, tendo sido instalada “uma vedação para impedir o acesso ao espaço”.
Estudos para evitar situações semelhantes
A empresa que gere uma das principais plataformas multimodais de Lisboa indica ainda que a interdição mantém-se porque “a IP está a promover estudos de avaliação técnica e de revisão arquitetónica com o objetivo de definir uma solução estrutural que evite a repetição de incidentes semelhantes e assegure as condições adequadas de utilização futura”.
A Infraestruturas de Portugal garante ainda que “a área vedada não representa risco para os utentes, encontrando-se devidamente isolada do circuito de circulação”.
Questionada ainda sobre se as pessoas em situação de sem-abrigo foram encaminhadas para alguma resposta social, a IP refere que "tem colaborado com as entidades competentes no sentido de garantir uma abordagem social adequada à situação".
O JN questionou ainda o Metro de Lisboa e a CP - Comboios de Portugal, mas ambas encaminharam a resposta para a IP.