Saíram mais de 34 toneladas de escombros da Rua de Cimo de Vila, mas a cicatriz mantém-se
Quase três meses depois, a cicatriz ainda ali está, na Rua de Cimo de Vila, no Porto, onde um gradeamento veda o acesso ao edifício onde funcionava uma pensão e que foi destruído por um incêndio a 20 de novembro, matando três pessoas.
Corpo do artigo
Foram precisos 12 dias para retirar as mais de 34 toneladas de escombros que resultaram do incêndio na zona da Batalha. Até à data, nem o dono do estabelecimento, nem o do alojamento local contíguo, com quem não conseguimos falar, apresentaram qualquer pedido na câmara para realizarem obras. Questionada pelo JN, a autarquia explicou que "só pode atuar se existirem riscos para a via pública". Caso isso aconteça, pode impor trabalhos para eliminar esses perigos.
O edifício de três pisos que ardeu e onde morreram uma mulher e dois homens (os corpos foram encontrados sob os escombros) foi emparedado, tendo sido colocadas vigas de madeira de um lado ao outro das varandas, a calçar a fachada. Também o alojamento local contíguo, o Porto Villa, permanece fechado, por ter ficado sem condições de habitabilidade. Tal como na pensão, a cobertura foi atingida pelas chamas e ruiu.