A Unidade Residencial de Vilar do Pinheiro, em Vila do Conde, está pronta, mas fechada há sete meses. Falta-lhe o protocolo com a Segurança Social. Apesar dos problemas, a Santa Casa da Misericórdia vai avançar com a construção de uma segunda unidade em Guilhabreu.
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O espaço, em Guilhabreu, vai custar quase 3,5 milhões de euros e, para além de acolher pessoas carenciadas isoladas, dependentes ou com deficiência moderada, terá também uma creche com capacidade para 128 crianças.
O espaço de Vilar do Pinheiro está previsto na Estratégia Local de Habitação. Tem 23 quartos individuais com casa de banho privativa e um conjunto de áreas comuns. Prevê-se ainda que tenha uma equipa técnica de apoio. A unidade custou 1,7 milhões de euros e foi construída pela Santa Casa.
Em outubro de 2024, recorde-se, o ministro da Habitação, Miguel Pinto Luz, visitou a obra já pronta, elogiou a ideia e prometeu-lhe “financiamento a 100%”, mas a verdade é que o protocolo ainda não chegou e a unidade permanece fechada.
Quatro meses depois, em fevereiro, a vereadora da Ação Social, Carla Peixoto, explicava que estas unidades estão previstas no programa 1.º Direito, mas não têm ainda “enquadramento social tipificado”, já que se situam entre a habitação social e o lar. A existência de serviços de apoio 24 horas por dia faz depender a sua abertura de protocolos com a Segurança Social, que deverá comparticipar o funcionamento, mas, até hoje, isso não aconteceu.
Agora, a Santa Casa acaba de adjudicar uma outra unidade residencial, desta vez na rua das Minas, em Guilhabreu. O prazo de execução é de 13 meses e a obra será feita pela Construções Corte Recto. A empreitada será financiada pelo PRR. A unidade residencial terá 27 quartos e creche.
A Misericórdia tem ainda prevista mais uma Unidade Residencial junto ao novo bairro social que está a nascer na rua das Freiras de Santa Clara, a dois passos do metro.