Possível criação de uma rede de transportes está também em cima da mesa para o autarca figueirense.
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O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, quer fazer uma intervenção na marginal oceânica da cidade, tornando-a mais pedonal. O autarca insta ainda a Comunidade Intermunicipal (CIM) de Coimbra a alterar a rede de transportes, admitindo avançar para um sistema próprio.
O desejo foi anunciado na mensagem de Ano Novo de Santana Lopes, numa comunicação no Facebook, e vai contemplar a marginal entre o Forte de Santa Catarina e a Rotunda do Pescador, numa extensão de cerca de dois quilómetros. A intervenção desejada pelo autarca será feita em duas fases, sendo que a primeira irá até à Ponte Galante (a um quilómetro do Forte) e a segunda incidirá no restante percurso. Não adianta, no entanto, prazos para fazer a intervenção.
A ideia do edil figueirense é aliviar aquela zona junto ao mar de circulação rodoviária. “Na zona marginal haverá mais condicionamento à circulação automóvel, para não dizer impedimento. Quem entra e sai na cidade, tem de circular mais nas rodovias urbanas e circulares externas e libertar as faixas próximas do rio e do mar”, defendeu o autarca.
Para Santana Lopes, a segunda metade do seu mandato terá “um grande desafio na área do ambiente e mobilidade”, defendendo que isso passará por uma remodelação do sistema de transportes. Admite ainda criar uma nova rede se a remodelação do sistema intermunicipal de transportes da CIM Coimbra não avançar.
“O sistema de transportes na Figueira da Foz é uma vergonha, não serve nada nem ninguém. Tenho feito as devidas pressões junto da CIM, que designou um especialista para fazer uma reforma profunda nos transportes da Figueira. No circuito urbano temos de ter transportes que evitem as deslocações por automóvel, aprofundem a mobilidade suave e a deslocação por meios não poluentes, e isso implica fazer alterações no sistema de circulação e acesso”, defende.
Pedro Santana Lopes revela ter uma reunião com a CIM Coimbra a 11 de janeiro, onde vai expor esta situação. “Ou respondem ao que nós precisamos ou então saímos e criamos o nosso próprio sistema de transportes. Não podemos esperar mais tempo, dei-lhes dois anos de crédito”, entende.