A festa de São Gonçalo, em Gaia, devia ter acontecido em janeiro, mas a pandemia inviabilizou as celebrações. Devido à covid, já não há romaria desde 2020, mas este ano a organização, em sintonia com a Autarquia, encontrou uma data alternativa e os santos sairão à rua no próximo dia 27.
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A pretensão de encaixar o São Gonçalo numa outra data, excecionalmente este ano, já estava na agenda dos organizadores, se a evolução da pandemia o permitisse. A confirmação partiu de Agostinho Gomes, presidente da Associação dos Mareantes do Rio Douro, que voltará, assim, a calcorrear as ruas de Gaia, levando consigo "os bombos e as caixas" da associação. Além dos elementos que tocam os instrumentos, são esperados muitos populares, que vão juntando-se à festa durante o caminho.
"A romaria, que, por tradição, seria a primeira do ano, começa às oito da manhã e só termina às 21 horas", assinala Agostinho Gomes.
Com a imagem de São Gonçalo e a cabeça de São Cristóvão, o padroeiro dos barqueiros, a romaria passará, de manhã, pela beira-rio e pelas ruas de Coimbrões e do Candal.
Após o almoço e o regresso à Avenida Diogo Leite, os festeiros subirão a Rua Cândido dos Reis até Santo Ovídio, com passagem pela Câmara de Gaia. No edifício dos Paços do Concelho, está prevista a ida à varanda.
Após a deslocação à Igreja de Mafamude, o trajeto prosseguirá pelas ruas de Camões e de General Torres, atravessando a Avenida da República. Para controlar o trânsito automóvel e garantir a passagem do metro, a Polícia Municipal estará presente na Avenida da República.
A par dos Mareantes do Rio Douro (Santa Marinha), há mais dois grupos festeiros: Comissão Antiga da Rasa e a Nova Comissão da Rasa (Mafamude). Desfilam com as cabeças de São Gonçalo e São Cristóvão, levando atrás de si muitos peregrinos a cantar e a apregoar, o que dá " a esta romaria um cariz mais pagão que religioso", diz a Autarquia.