Restaurantes com casa cheia para uma festa marcada pelas marchas populares.
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“É véspera de fim de semana, a temperatura vai subir, é propício a sair, vai ser casa cheia”, atira, sem hesitar, Paulo Rodrigues. O dono do restaurante Alfândega, em frente à nau quinhentista, com esplanada virada para o rio Ave, tem, por estes dias, localização privilegiada. Para a noite mais longa do ano em Vila do Conde, já tem quase tudo reservado e, em meia dúzia de horas, prepara-se para assar 1800 sardinhas.
As marchas luminosas dos dois ranchos da terra e a sua rivalidade secular, as cascatas espalhadas pela Zona Histórica e, no final, o fogo de artifício no rio Ave são os trunfos de Vila do Conde para o São João e, diz quem lá mora, a festa arrasta cada vez mais gente. “É uma festa com tradições, temos as marchas, é diferente”, explica André Bonfim, salientando os argumentos de Vila do Conde que, apesar da proximidade ao Porto, tem visto o seu S. João, ano após ano, ganhar adeptos.