Brasileiros participam nos santos populares com entusiasmo. Comparam a alegria e o colorido das ruas às juninas e encantam-se com a tradição do martelo e do manjerico.
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Há oito anos, quando a chegada de junho fez com que Braga ativasse o modo santos populares, Maria Maia sentiu-se estranhamente em casa, quase como se nunca tivesse saído do Brasil - mesmo que estivesse a milhares de quilómetros de distância. A cidade bracarense, que escolheu para morar após sair de Recife, no estado de Pernambuco, estava diferente: mais colorida, mais animada, mais viva. E isso fê-la voltar às origens, à vibração das festas juninas, que acontecem ao longo de todo o mês de junho no Brasil e são um dos momentos mais aguardados pelos brasileiros, juntamente com o Carnaval.
“Quando percebi que havia São João em Braga, senti-me verdadeiramente em casa. Foi uma enorme alegria, porque é a festa de que eu e a minha família mais gostamos. É algo que sempre comemorámos”, confidencia Maria Maia ao JN. No Nordeste brasileiro, de onde é natural, o São João “é a primeira ou a segunda maior festa do ano, em disputa com o Carnaval. A alegria, o colorido e o espírito da festa são os mesmos em Portugal e no Brasil. Aquilo que difere mais é a gastronomia e o facto de cá estarmos no verão e, no Brasil, ser inverno”, explica.