Sapadores de Viana chegam aos 245 anos com acréscimo de "30%" nas intervenções de socorro

A companhia, a terceira mais antiga do país, a seguir a Lisboa e Porto, chega a mais um aniversário, com um corpo operacional de 75 elementos e um gasto anual de "mais de dois milhões de euros", assegurado pela autarquia local. Segundo o comandante da corporação, Ricardo Fernandes, a instituição tem a responsabilidade de acompanhar "o forte crescimento no município de Viana, do turismo à indústria, passando pela educação e área social", que "acarreta, direta e indiretamente, contínuos desafios à atividade de proteção e socorro".

"O crescente populacional residente e flutuante, os fluxos rodoviários, o desenvolvimento das estruturas industriais" são apenas exemplos que contribuíram, no ano de 2024, para "o aumento das intervenções perpetuadas pela Companhia de Bombeiros Sapadores de Viana do Castelo na ordem dos 30%", explicou, este sábado de manhã, Ricardo Fernandes, durante as comemorações do 245.º aniversário da corporação. Além da sessão solene, a cerimónia incluiu condecorações de operacionais e um desfile de meios no exterior do Centro Cultural, no centro da cidade.

O comandante afirmou ainda que, "à medida que as necessidades da comunidade evoluem", é necessário "apoiar e investir nos recursos e capacidades" da companhia. Em declarações aos jornalistas, disse ainda que "os incêndios urbanos e a sinistralidade rodoviária" preocupam os Sapadores. "Temos que pensar, e já estamos a fazê-lo, em metodologias de sensibilização, para maior consciência dos condutores, o que não é propriamente fácil, ma, acima de tudo, para capacidade dos idosos em interpretar e se defenderem dos riscos nas suas habitações. Estas duas áreas marcaram o crescimento em 2024 e carecem de um trabalho com maior atenção e dedicação", sublinhou, indicando que, "fruto deste aumento" da atividade, os turnos na companhia passaram de "equipas de dez para 14 operacionais".

O autarca de Viana do Castelo, Luís Nobre, enalteceu "a excelência" da companhia de Bombeiros Sapadores e recordou que, do "investimento de três milhões de euros anual em Proteção Civil" naquele município, "mais de dois milhões" dizem respeito aos custos da companhia aniversariante. "Temos um plano mais alargado do que o imediato, que passa pelo aumento de recursos humanos, de aquisição de material e equipamentos, formação e capacitação. É um serviço que está em absoluta avolução e temos de ter respostas e encontrar recursos, de iniciativa municipal e financiamento comunitário", frisou.

Luis Nobre declarou que apesar de se viver "um fim de ciclo autárquico", é necessário garantir a continuidade de investimento naquela companhia que, "hoje, está absolutamente comprometida com a sua missão" e em prol de "um município seguro".

"Vamos estar atentos a apoios diretamente da União Europeia", disse o autarca.