A PSP reforçou o dispositivo policial no Campo 24 de Agosto, no Porto, para acompanhar uma ação do Ergue-te, durante a manhã deste sábado, no âmbito das eleições europeias. Estiveram presentes o cabeça de lista Rui da Fonseca e Castro e o líder do partido, José Pinto-Coelho.
Corpo do artigo
Em frente ao edifício da Junta de Freguesia do Bonfim, no Campo 24 de Agosto, no Porto, o Ergue-te realizou uma "ação de sensibilização contra duas chagas que têm afetado o país". Pelas palavras de José Pinto-Coelho, líder do partido, está em causa a "criminalidade e o racismo contra os portugueses".
A iniciativa do partido reuniu cerca de 30 pessoas, ouvindo-se algumas vozes de protesto entre quem passava pela ação, este sábado de manhã, e não concordava com o que ouvia.
Afirmando que o país "está cada vez mais inseguro", o presidente do partido nacionalista diz conseguir perceber, "pela observação empírica, que a criminalidade está diretamente ligada à importação de lixo". José Pinto-Coelho admite "que há imigrantes que estão cá por bem" mas promete "deportações em massa" para estrangeiros "subsídio-dependentes". Isto porque considera que "Portugal está sujeito a morrer enquanto nação, quer pela perda da soberania, quer pela substituição populacional".
Rui da Fonseca e Castro, cabeça de lista do partido às eleições europeias, responde a quem justifica o aumento da imigração com a fuga ao conflito no Médio Oriente, dizendo que os portugueses "não têm culpa" e só "um demente, um senil é que acha que os portugueses têm alguma obrigação de reparação às ex-colónias". Já José Pinto-Coelho tinha acusado, na sua intervenção, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de ser "o maior anti-português de todos".
Entre o discurso, ouvem-se buzinas e vozes de concordância: "É mandá-los embora".
Do outro lado da rua, já no final do discurso de Rui da Fonseca e Castro, ouve-se uma voz de protesto. "Fascista", afirma. O cabeça de lista do partido às eleições europeias responde: "Fascista é a tua mãe".