O inspetor-geral da Autoridade para as Condições do Trabalho admitiu, esta quinta-feira, a necessidade de melhorias nas condições de segurança do terminal de contentores do porto de Sines, na sequência da morte de um trabalhador.
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As condições de trabalho no Terminal XXI, concessionado à PSA Sines, "não são alarmantes", referiu Pedro Pimenta Braz, no entanto, "há determinadas medidas que as empresas [a operar no local] terão de implementar".
O responsável apontou a necessidade de "melhorar e implementar claramente a formação" dos trabalhadores portuários e de "transformar em medidas concretas no terreno" os documentos com as regras de segurança, que não podem ser apenas "formalidades administrativas".
O trabalho portuário "é um outro mundo em termos de questões técnicas de segurança", afirmou o inspetor-geral da ACT, vincando que as "operações de risco" realizadas "exigem grande rigor".
A ACT abriu esta quinta-feira um inquérito, que está a decorrer, para apurar as circunstâncias em que ocorreu o acidente que vitimou um supervisor de operações natural de Aljustrel, que trabalhava para a empresa Labor Sines.
Segundo Pedro Pimenta Braz, o funcionário estava no convés de um "cargueiro de grandes dimensões", a orientar o trabalho do manobrador de grua, quando caiu para o porão, numa queda de "20 a 30 metros" de altura.
O acidente ocorreu esta quinta-feira de madrugada, tendo os Bombeiros Voluntários de Sines recebido o alerta cerca das 2 horas.
O comandante da corporação, Vítor Pereira, referiu hoje de manhã à Lusa que o trabalhador apresentava "uma série de fraturas nos membros superiores e inferiores".
Os bombeiros e os técnicos da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano "tentaram fazer a reanimação [do homem], durante uma série de tempo", mas este acabaria por morrer no local.