As autoridades açorianas detetaram um caso positivo de Covid-19 num sem-abrigo, na ilha de São Miguel, e ainda estão a identificar os contactos próximos para detetarem a origem da infeção.
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"Queremos perceber se é algum foco que é detetado na comunidade, que é motivo de preocupação, ou se conseguimos determinar, da mesma forma que fizemos com as outras cadeias que identificámos, se há alguma ligação epidemiológica, com os profissionais de saúde ou com os serviços onde este cidadão possa ter recorrido", avançou o responsável máximo da Autoridade de Saúde Regional dos Açores, Tiago Lopes, no ponto de situação diário sobre a evolução do surto de Covid-19 no arquipélago.
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O caso já tinha sido detetado, mas só hoje, questionado pelos jornalistas, Tiago Lopes deu a confirmação. As autoridades de saúde estão agora a fazer "um levantamento de todos os registos de idas ao serviço de urgência, internamentos, idas à Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel e a outras entidades que prestam algum tipo de apoio a este tipo de cidadãos" para tentarem identificar o foco da infeção.
Segundo Tiago Lopes, estão a ser igualmente identificados, em conjunto com a tutela da Solidariedade Social e com a Direção Regional do Combate às Dependências, todos "os contactos próximos" deste cidadão, que serão testados.
Tendo em conta que se trata de uma "população de maior risco", será "providenciado alojamento" tanto para este primeiro caso, como para outros que venham a ser detetados. "Iremos conseguir dar-lhes as devidas condições para que perante esta situação de infeção também possam ter o seu processo de recuperação da doença", assegurou o responsável da Autoridade de Saúde Regional.
Os Açores atingiram hoje a barreira dos 100 casos confirmados de Covid-19, com seis novos casos positivos, todos na ilha de São Miguel, onde já foram registadas quatro cadeias de transmissão local. Dos 100 casos já detetados, 88 estão ativos (55 na ilha de São Miguel, 10 no Pico, sete na Terceira, sete em São Jorge, cinco no Faial e quatro na Graciosa).
Estão internados nos três hospitais da região e no centro de saúde do Nordeste 17 doentes, cinco dos quais em cuidados intensivos. Há 2770 pessoas em vigilância ativa e 130 ainda aguardam por colheita de amostras ou resultados laboratoriais.