Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano tem 40 utentes. Câmara insiste na urgência de solução metropolitana e espera que Governo autorize estrutura para idosos.
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Joaquim Dantas, 63 anos, chega a "casa" ligeiramente cansado, a meio da tarde, depois de mais uma consulta no Hospital de S. João, no Porto. Mas ao contrário de outros "moradores" que preferem não recordar o passado, "Miragaia", alcunha pela qual é conhecido por ser natural desta freguesia, fala das "boas pessoas" que lhe salvaram a vida.
Há quatro anos que a "casa" a que regressou, mesmo depois de ter sido operado, é o Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano (CATJU), resposta de alojamento temporário para pessoas em situação de sem-abrigo, criada em 2017 nas instalações do antigo hospital, no Bonfim, e que é totalmente financiado pela Câmara do Porto. À cidade continuam a chegar pessoas sem teto de vários concelhos - mais de metade são de fora do Porto - e a autarquia reitera a necessidade de haver uma resposta metropolitana, chamando à responsabilidade os restantes municípios.