Uma emocionante homenagem marcou, ao final da tarde deste domingo, no Santuário de Nossa Senhora de Vagos, o funeral de Arelys Rojas, de 36 anos, assassinada pelo companheiro, Rafael da Silva, de 46 anos.
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A comunidade venezuelana marcou presença em força, tal como muitos colegas de trabalho de Arelys Rojas, operária da fábrica de cerâmica Grestel, em Vagos, todos em estado de choque pela sua morte, no passado dia 14 de agosto.
Barbara Nohemi Ribeiro, amiga da vítima, organizou a homenagem deste domingo, pedindo uma oração "pela paz da alma" da colega. "Nenhuma pessoa merece o que lhe fizeram", referiu.
"Sei que nem todos temos a mesma religião, mas o importante é despedirmo-nos da nossa amiga como ela merecia, levando uma vela ou até uma flor", apelou.
Tal como o JN noticiou, Arelys Rojas foi assassinada com 13 golpes de uma faca de mato, tendo sido depois enterrada num pinhal, perto do Estradão da Lomba, a cerca de um quilómetro de casa onde o casal vivia, na localidade de Quintã, em Vagos.
O único suspeito da autoria do crime, Rafael da Silva, de 46 anos, motorista, que há dez anos mantinha uma relação com a vítima, confessou o crime à PJ de Aveiro.
Rafael da Silva acabaria por revelar aos inspetores o modo como matou a companheira e o local onde deixou o cadáver.
Assim que Arelys Rojas desapareceu, o homicida disse que a imigrante venezuelana tinha saído de casa com uma amiga, não voltando a aparecer, versão que não convenceu a PJ.
Depois de ter confessado o crime, Rafael da Silva manteve-se em silêncio no Tribunal de Instrução Criminal de Aveiro, que este sábado determinou a sua prisão preventiva, indiciado por homicídio qualificado.