Câmara diz que encaminhou pessoas que ali dormiam para centros. IP colocou grades para não regressarem.
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Há cerca de um ano que o número de sem-abrigo a pernoitar na estação da Gare do Oriente, em Lisboa, começou a aumentar de uma forma alarmante, chegando a estar 130 pessoas nesta situação num dos principais interfaces de transportes da cidade. A Infraestruturas de Portugal (IP), que gere o espaço, explica ao JN que devido à situação "muito preocupante" começou, em março, um trabalho conjunto com a Câmara de Lisboa para encaminhar as pessoas que ali viviam para centros de acolhimento. A empresa colocou grades nos sítios onde pernoitavam para impedir o seu regresso, mas há zonas onde ainda dormem 70 pessoas.
Os longos bancos do piso subterrâneo da Gare do Oriente, onde até há pouco tempo se via mais de uma centena de sem-abrigo, estão vazios e com grades e fitas no lugar onde dormiam. A Câmara de Lisboa garante que "tem encaminhado para os seus centros de acolhimento as pessoas que se encontravam no local e que se mostraram disponíveis para essa solução, tal como a Misericórdia", mas não confirma quantos já foram retirados. A IP diz, contudo, que terão sido cerca de metade, uma vez que ainda lá estão 70.