A Câmara Municipal de Setúbal recorreu à garantia bancária da concessão dos Serviços Municipalizados para pagar faturas em atraso. O presidente da autarquia culpa os partidos da oposição pelas dificuldades financeiras do município.
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"Não fossem os 12,5 milhões de euros que recebemos da garantia bancária da concessão das águas [Serviços Municipalizados de Setúbal], dinheiro que destinámos na totalidade ao pagamento de faturas em atraso, hoje a Câmara Municipal estaria numa situação financeira insustentável", afirmou André Martins, ontem, na sessão extraordinária da Assembleia Municipal sobre o estado do município.
O presidente da Câmara acrescentou, ainda, que "o que tem sido mais estranho é que os partidos da oposição, na Câmara e na Assembleia Municipal, mesmo conhecedores desde o início do mandato desta situação financeira da Câmara Municipal, tenham conjugado esforços para impor cortes nas receitas do município", salientando que, no final do atual mandato, esses cortes de receitas significam "menos 20 milhões de euros para investir na qualidade de vida e bem-estar das populações".
Para André Martins, "o comportamento político dos partidos da oposição tem sido irresponsável e demonstra uma vontade determinada e consciente de bloquear o funcionamento da Câmara".