O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte acusa a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana de “ilegalidade violenta e falta de sensibilidade social” no processo de mudança da exploração da cantina, em Matosinhos.
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Em causa, segundo um comunicado emitido por aquele sindicato, estão os postos de trabalho de três funcionárias da cantina, que não foram acautelados no processo. O contrato de concessão anterior acabou a 31 de dezembro e, quando as trabalhadoras se apresentaram ao serviço a 2 de janeiro, “foram confrontadas com a cantina encerrada” e com uma informação, colada no vidro, de que reabriria no dia 8.
Entretanto, fonte da APDL referiu ao JN, ao início da tarde desta quinta-feira, que as funcionárias vão, afinal, ser integradas na nova empresa. A mesma perspetiva tem agora o sindicato. O dirigente Francisco Figueiredo disse-nos que está agendada para esta sexta-feira uma reunião com vista à solução do problema.
A nota, que o sindicato divulgou na tarde de quarta-feira, refere que a anterior concessionária, a Eurest Lda., transmitiu à Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL) “os contratos de trabalho das três trabalhadoras da cantina a partir do dia 1 de janeiro de 2024 e enviou carta às trabalhadoras informando-as da situação”. Entretanto, acrescenta, “a APDL solicitou às trabalhadoras as chaves da cantina”.
O sindicato refere ainda que, numa reunião que houve na quarta-feira, a entidade “informou que a cantina foi entregue à nova empresa, Só Catering, sem pessoal”, o que considera ser “uma ilegalidade violenta e falta de sensibilidade social, pois a APDL deveria ter assegurado os postos de trabalho destas trabalhadoras na consulta que fez ao mercado, ainda mais por ser uma empresa pública”.
Na mesma reunião, a nova empresa “recusou assumir as trabalhadoras com todos os direitos e regalias, incluindo a antiguidade”, refere a estrutura sindical. Agora, acrescenta Francisco Figueiredo, a Só Catering demonstra vontade em integrá-las, pelo que o sindicato desmarcou a conferência de Imprensa que estava agendada para dia 8, segunda-feira, o dia de reabertura da cantina.
Ainda de acordo com o sindicato, o aviso afixado na porta da cantina refere que o encerramento, entre os dias 2 e 5 (esta sexta-feira), se deve a motivos de “limpeza e desinfeção das instalações”.