Desde janeiro, já foram resgatadas 32 pessoas do mar em Matosinhos, quase tantas como no ano passado, fora da época balnear. Destes salvamentos, 23 foram realizados em três dias. E só esta sexta-feira, até às 13 horas, foram retiradas três pessoas do mar.
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É uma equipa de oito pessoas que, durante todo o ano, mantém o Serviço de Salvamento Balnear (SSB) em Matosinhos. Só este ano já foram salvas 32 pessoas do mar, a maioria delas na praia de Matosinhos. Deste número, 23 foram realizados em três dias e só esta sexta-feira, até às 13 horas, foram retiradas três pessoas do mar.
De acordo com a Câmara, responsável pelo SSB, no ano passado foram resgatadas 39 pessoas do mar fora da época balnear e 14 em época balnear.
O calor atípico para a época tem provocado enchentes no areal daquele concelho e, perante a tragédia que esta quinta-feira assolou a praia de Matosinhos, e que terá sido provocada por um agueiro, aquele Município deixa algumas dicas para evitar que tal volte a acontecer.
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Como detetar um agueiro?
Para ajudar os banhistas a detetar agueiros que se formam nas praias de Matosinhos, aquela Autarquia aconselha a evitar "águas escuras e profundas, locais onde as ondas quebram menos, uma superfície ondulada cercada por águas calmas, água cor de areia e espumosa que se estende além das ondas e detritos ou algas, com movimento de água significativo".
"Os agueiros nem sempre mostram todos esses sinais ao mesmo tempo. Alguns podem apresentar apenas uma ou duas das características descritas", alerta a Câmara de Matosinhos.
Esta é a explicação do fenómeno: "Quando as ondas se espraiam no areal da praia empurram a água em direção à costa. Uma vez chegada à costa, a massa de água tem que encontrar uma maneira de voltar para o mar, e flui pelos canais mais profundos para longe da costa. Esses canais mais profundos são chamados de agueiros ou correntes de retorno".