Foi confirmada, na tarde desta sexta-feira, a sexta morte na sequência do surto de covid-19 que afeta a Santa Casa da Misericórdia de Bragança (SCMB). Trata-se de uma idosa, com 94 anos.
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Na manhã desta sexta-feira, a instituição havia indicado a morte de outra mulher, com 95 anos, também com teste positivo a covid-19.
Segundo José Fernandes, mesário da SCMB, todo o universo da instituição foi testado e os 700 testes realizados revelaram um total de 126 casos positivos, 96 são utentes e 30 funcionários, todos relacionados com dois dos três lares de idosos. Oito utentes continuam internados na Urgência do Hospital de Bragança, têm idades entre os 85 e os 90 anos.
A IPSS vai agora voltar a testar os 21 idosos negativos e estão alojados numa unidade hoteleira da cidade.
O presidente da câmara de Bragança, Hernâni Dias, explicou que outros pequenos surtos de covid-19 que existem no concelho não têm ligação com a Santa Casa e que "situação está controlada no toca à transmissão do vírus para a comunidade, ainda assim admitiu que "há pequenos focos" no meio rural e na cidade "mas pontuais" e que os casos que surgiram nas escolas, nomeadamente o de uma criança filha de uma funcionária da IPSS que obrigou ao isolamento de vários colegas mas que "não é um problema de maior porque foi atacado imediatamente e tudo foi devidamente controlado".
O autarca sublinhou que "não se verifica que a situação da Misericórdia tenha um impacto direto no que tem a ver com o processo de contaminação para a comunidade em geral. Essa é a parte que estamos a controlar alertando toda a gente para que possam ter os cuidados necessários e hoje já há testes a serem feitos diariamente desde a semana passada, o que é um aspeto positivo na capacidade de responder de forma mais eficaz às infeções ou focos que possam surgir ".
Na cidade há mais dois surtos de coronavírus, um na Urgência do hospital, com cinco profissionais positivos, e outro entre a comunidade brasileira, com nove casos, mas segundo o autarca "o mais preocupante é do Misericórdia pelo número de infetados e pela condição física das pessoas, com mais idade e que apresentam outras debilidades que é preciso tratar de forma mais rápida", acrescentou.