A pegada da imigração não fugiu ao debate do Porto. E, a este propósito, a sondagem da Pitagórica para o JN, TSF, TVI, CNN Portugal também é esclarecedora: dois terços dos portuenses (64%) consideram que a imigração tem sido positiva para o concelho, havendo apenas 23% que discordam dos efeitos benéficos desta mudança socio-cultural na cidade, em claro contraste com o ruído mediático que o assunto tem provocado ao nível nacional.
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Olhando para a forma como os portuenses privilegiam a chamada identidade local, ou seja, como se manifesta a ligação afetiva e simbólica dos cidadãos à cidade, conclui-se que 86% gostam de viver na Invicta, ao passo que apenas 13% "trairiam" o Porto por outro concelho. Quase metade dos inquiridos (47%) revela ter uma ligação forte às tradições do burgo. E apenas 20% revelam indiferença perante este fator. Aliás, na mesma linha, oito em cada dez habitantes diz sentir-se feliz por viver naquele território.
O índice de felicidade dos portuenses atinge os 83%, algo que não podemos dissociar da avaliação que os inquiridos fazem da evolução da cidade nos últimos anos: 52% dizem que o Porto está melhor, contra apenas 24% que consideram que piorou.
A sondagem da Pitagórica, recorde-se, concluiu por um empate técnico entre o candidato do PSD/CDS/IL, Pedro Duarte, e o do PS, Manuel Pizarro, estando o primeiro em vantagem sobre o segundo apenas por duas décimas. Valor que se dilui facilmente, dados os 4% de margem de erro.
Ficha Técnica
Sondagem realizada pela Pitagórica para a TVI, CNN Portugal, TSF, JN, Nascer do Sol e ECO com o objetivo de avaliar a opinião dos eleitores recenseados no concelho do Porto sobre temas relacionados com as eleições autárquicas 2025. O trabalho de campo decorreu entre os dias 29 de setembro e 4 de outubro de 2025.
A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores recenseados no concelho do Porto e foi devidamente estratificada por género, idade e freguesia. Foram realizadas 1229 tentativas de contacto, para alcançarmos 625 entrevistas efetivas, pelo que a taxa de resposta foi de 50,85%. As 625 entrevistas telefónicas recolhidas correspondem a uma margem de erro máxima de +/-4,00% para um nível de confiança de 95,5%.
A distribuição de indecisos é feita de forma proporcional.
A direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva. A ficha técnica completa, bem como todos os resultados, foram depositados junto da ERC-Entidade Reguladora da Comunicação Social que os disponibilizará para consulta online.