Estações à esquerda não são compatíveis com autocarros de operadora do Porto. Empresa diz existir risco de não haver veículos a circular.
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Usar autocarros da STCP para operar o canal de metrobus entre a Avenida da Boavista e a Praça do Império, no Porto, "é impossível". A presidente do conselho de administração da operadora de transporte exclusiva da cidade, Cristina Pimentel, diz, em declarações ao JN, estar na altura de a Metro do Porto "abrir o jogo" e "apresentar soluções ao Município", acusando a empresa de "atirar responsabilidades para cima da STCP que não são dela". Contactada pelo JN, a Metro não quis comentar.
Em causa estão limitações físicas. Ao contrário dos veículos a hidrogénio que circularão naquele canal, com três portas de entrada e de saída dos dois lados, os autocarros da STCP só dispõem de portas do lado direito. "No canal da Boavista, tecnicamente, é possível operar [com troca de via imediatamente antes e depois das estações], se se entender que é o melhor caminho", afirma Cristina Pimentel. Contudo, caso a operação avance dessa forma, a presidente considera que chamar a esse serviço metrobus "é uma falácia". Irá tratar-se de "uma linha de autocarro com canal dedicado". Mas nem isso estará decidido.