A STCP transportou 71,6 milhões de passageiros em 2024, menos 3,7% face aos 74,3 milhões transportados em 2023, algo que a empresa atribui às obras da Metro no Porto e em Gaia.
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"Em 2024, a STCP estima ter transportado 71,6 milhões de passageiros (dados de novembro e dezembro ainda provisórios). Destes, 70,8 milhões foram passageiros de autocarro e 638,7 milhares foram passageiros de carro elétrico", pode ler-se numa resposta de fonte oficial da transportadora a questões da Lusa. O número representa uma diminuição de passageiros transportados face a 2023, ano em que a transportadora que opera em seis concelhos (Porto, Gaia, Matosinhos, Gondomar, Gaia e Valongo), tinha servido 74,3 milhões de passageiros, uma forte recuperação face aos 68,6 milhões de 2022, ano ainda afetado pelas restrições associadas à pandemia de covid-19.
Na resposta à Lusa, a STCP compara os números de 2024 com o "ano de referência" 2019, precisamente antes da pandemia de covid-19, concluindo que a transportadora "já ultrapassou os níveis de procura em todos os municípios onde opera exceto no município do Porto". "Este facto permite-nos concluir que a STCP cresce onde as condições de circulação se mantiveram inalteradas, o que demonstra uma apetência crescente pelo transporte público", considera a empresa liderada por Cristina Pimentel.
"Em relação às linhas com maior procura, em 2024 foram a 205, a 600, a 903, a 704 e a 204. Só a linha 205 transportou mais de 3,2 milhões de passageiros em 2024", referiu também fonte da STCP.
A STCP assegura o transporte coletivo público rodoviário de passageiros na AMP, em regime de exclusividade dentro dos limites do concelho do Porto e no regime geral de concessão nos concelhos limítrofes - Gondomar, Matosinhos, Maia, Valongo e Vila Nova de Gaia. O município do Porto é o acionista maioritário da empresa intermunicipal (53,69%), sendo as restantes participações divididas entre os outros cinco concelhos onde a STCP opera, com 12,04% do capital pertencente a Vila Nova de Gaia, 11,98% a Matosinhos, 9,61% à Maia, 7,28% a Gondomar e 5,40% a Valongo.