Falta de componentes leva empresa a suspender também novo turno.
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O centro de produção da Stellantis Mangualde vai entrar de novo em lay-off e suspender a entrada em funcionamento do novo turno que ia arrancar em maio. A culpa é da falta de componentes que tem paralisado vários setores, em particular a indústria automóvel. Já a semana passada a produção na antiga PSA esteve suspensa, pela primeira vez este ano, devido à escassez de semicondutores. Em 2021 a fábrica parou várias pela mesma razão.
"Os dias de inatividade de 2022 não tiveram nenhum impacto económico na remuneração mensal dos colaboradores, tendo sido utilizados os mecanismos de flexibilidade do centro, através do regime de bolsa de horas", explica a Stellantis, acrescentando que "para proteger a atividade e salvaguardar os postos de trabalho, terá novamente de aplicar o regime de lay-off tradicional", à semelhança do que aconteceu em 2021. Esta medida já está a ser negociada com a Comissão de Trabalhadores, pelo que não se conhecem os termos do lay-off e a sua duração.
Faltam chips
A falta de chips levou também a Stellantis Mangualde a suspender "temporariamente o arranque do turno adicional (6ª noite) que estava previsto para maio". A empresa prometia contratar mais 90 pessoas para esta nova equipa de trabalho.
"De acordo com este contexto, iremos ajustar a necessidade de efetivos, continuando com uma organização de trabalho mais adaptada à previsão a curto e médio prazo e adequando a produção à disponibilidade de componentes", conclui a fábrica automóvel.