Subida do mar causa instabilidade no muro de proteção da praia de Pedras Amarelas
A subida das águas do mar e a agitação marítima estão a causar instabilidade no muro de proteção da praia de Pedras Amarelas, em Vila Nova de Gaia, situação detetada que deverá ser tratada pela tutela, explicou a Câmara Municipal.
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"Foram implementadas medidas para salvaguarda das condições de segurança para todas as pessoas que utilizam aquela área, que incluíram a criação de um perímetro alargado de segurança com recurso a barreiras de proteção", garantiu, em resposta à agência Lusa, a Câmara Municipal de Gaia, no distrito do Porto, salvaguardando que a resolução definitiva do problema é da competência da administração central, mais propriamente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
A agência Lusa contactou a APA via e-mail e telefone, mas não obteve resposta.
Em causa está o muro de proteção costeira da Praia das Pedras Amarelas, onde foi detetado "um problema de instabilidade" por "a sua fundação não se encontrar apoiada em solo firme, em toda a extensão da área afetada".
O problema deverá estar relacionado com "a subida do nível médio das águas do mar e das situações de considerável agitação marítima, a erosão provocada pela passagem da água para a parte interna do muro e, consequentemente, o arrastamento de material granular mais fino".
Este conjunto de fatores "tem como consequência a criação de pontos de instabilidade que se manifestam nalguns assentamentos da fundação e uma tendência para alguns deslocamentos dos paramentos verticais", continua a explicar a autarquia.
Além da Câmara Municipal de Gaia, participaram nas reuniões e na tomada de medidas de prevenção a APA e a empresa Águas de Gaia.
"A implementação dessas medidas preventivas foi coordenada pela APA e pela Proteção Civil Municipal, entidades que asseguram a monitorização da situação de forma permanente e que, no caso de se justificar, tomarão a iniciativa de reforçar as condições de segurança, por forma a eliminar qualquer situação de perigo para as pessoas que ali passam", garante a autarquia.
Quanto a datas e valores relativos à resolução definitiva do problema, a autarquia remete para a APA.
"É também essa entidade que dispõe dos recursos financeiros adequados para, em toda a extensão da costa portuguesa, poder implementar medidas cujo investimento facilmente atinge várias centenas de milhares de euros. Apesar dessa competência própria, o Município, através dos serviços de obras, de Proteção Civil e da Águas de Gaia, prestou e prestará toda a colaboração para que este problema se resolva, tanto neste local específico como noutras áreas", concluiu.