<p>A partir deste sábado e até ao final de Agosto, praias não concessionadas de Esmoriz, Cortegaça e Maceda, no concelho de Ovar, passam a ser vigiadas por bombeiros nadadores-salvadores. Uma iniciativa com 12 anos e 100% de êxito.</p>
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Há 12 anos que os Bombeiros Voluntários de Esmoriz, em Ovar, tomaram a seu cargo a vigilância de quatro praias não concessionadas do concelho, mas nem por isso menos concorridas, conseguindo, nesse tempo, a proeza de não contar nos seus registos com um único caso de insucesso. Sob o olhar atento de várias equipas de bombeiros nadadores-salvadores apoiados por nadadores-salvadores civis, na praia sul da barrinha; na praia velha de Esmoriz, junto ao bairro piscatório; na praia velha de Maceda, em Cortegaça, e na praia de S. Pedro de Maceda, todas as vidas foram salvas. Antes disso, morriam duas a três pessoas por ano.
Jacinto Oliveira, comandante do corpo de bombeiros, que hoje coordenará as operações num simulacro em pleno mar de Esmoriz, explicou ao JN que tal êxito se deve a um forte investimento não só em equipamentos - contam com três motas de água, uma embarcação semi-rígida e dois jipes - mas sobretudo na formação dos bombeiros.
Tiago Henriques, Filipe Ferrão e Márcio Gomes são três dos bombeiros que vão integrar as equipas de oito que, divididos em pares, irão vigiar as praias, todos os dias, das 9.30 às 19.30 horas. Além dos cursos de nadadores-salvadores do Instituto de Socorros a Náufragos, o primeiro tem formação de Tripulante de Ambulância de Transporte e os outros dois de Tripulante de Ambulância de Socorro o que lhes dá uma experiência extra no que toca a salvar vidas.
"Os piores casos em que tive de intervir deram-se no areal, situações de paragem cárdio-respiratória que, provavelmente, caso não estivéssemos lá, poderiam ter tido outro desfecho", explicou Márcio Gomes.
"Ao longo destes anos, tiramos centenas de pessoas do mar graças, sobretudo, ao facto de estarmos presentes no local, com os nossos meios. Estar a dois ou três quilómetros parece pouco, mas pode ser de mais em situações destas", concluiu Jacinto Oliveira.