Equipamento de 50 milhões de euros vai permitir aos cientistas processarem grandes quantidades de dados em tempo recorde.
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A inauguração do Deucalion, um dos quatro supercomputadores a funcionar em Portugal sob coordenação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), está marcada para o próximo dia 6, na Escola de Arquitetura da Universidade do Minho (UMinho), em Azurém, Guimarães. O supercomputador, fabricado pela Fujitsu, pesa 26 toneladas, é capaz de executar 10 milhões de biliões de cálculos por segundo e implicou um investimento de 50 milhões de euros. O objetivo é servir a comunidade científica portuguesa e europeia e recuperar terreno perdido nesta área, mas também atrair as empresas.
O professor Rui Oliveira, diretor do Minho Advance Computing Center (MACC), retrata o Deucalion como “uma frota de Ferraris”, por comparação com os nossos computadores pessoais, “os Renault Clio”. Uma frota porque, como explica o professor, o equipamento é um conjunto de 2200 computadores com mais de 150 mil núcleos de processamento ligados entre si. “Há problemas nas várias áreas da ciência e da engenharia que exigem cálculos tão complexos que no nosso computador pessoal levariam demasiado tempo para poderem vir a ser úteis ou mesmo realizáveis. É aí que os milhares de Ferraris ajudam”, ilustra o professor.