O Departamento de Saúde Pública (DSP) da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) está a acompanhar atentamente o surto de legionela descoberto nas instalações das estações ferroviárias de Beja e da Cuba, propriedade das Infraestruturas de Portugal (IP).
Corpo do artigo
Em resposta a questões colocadas pelo JN, a diretora do DSP/ULSBA, Sara Duarte, revelou que os resultados dos testes foram conhecidos no passado domingo, 24 de novembro, e que de imediato “foi suspensa a utilização de chuveiros e torneiras nas instalações de Beja e Cuba”, acrescentando que nos locais encerrados “foi feita a limpeza e desinfeção, por aplicação de biocidas com recurso a choque químico”.
Apesar de nenhum profissional das estações de Beja e Cuba ter contraído a doença, “alguns trabalhadores foram colocados em teletrabalho e outros foram deslocalizados para outras instalações”, garantiu a responsável da Saúde Pública.
No caso da estação de Beja, a curto espaço das instalações sanitárias, existe um edifício onde foram colocados os trabalhadores, após a fusão de 2015, entre a REFER e as Estradas de Portugal, que deu origem à Infraestruturas de Portugal, daí que alguns foram abrangidos por aquelas medidas de prevenção.
A responsável do DSP/ULSBA revelou ainda ao JN que, “decorridos 10 a 15 dias da intervenção, serão colhidas novas amostras de água para uma primeira avaliação da eficácia das medidas corretivas adotadas”, para depois decidirem se é levantada a interdição de utilização de chuveiros e torneiras.
Na quinta-feira, o JN esteve na estação de Beja onde pode constatar que as instalações sanitárias estavam devidamente assinaladas e encerradas, com o movimento de funcionários e utentes dos transportes ferroviários normalizado. Também verificou o mesmo na estação de Cuba.